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ESPETINHO DE PORCO VEGANO E BIOIMPRESSO PODERÁ SER COMERCIALIZADO JÁ EM 2022

Atualizado: 28 de mar. de 2023

A startup espanhola Novameat anunciou recentemente que pretende comercializar os seus bifes veganos bioimpressos já em 2022. Em um evento realizado em Barcelona, o CEO da empresa, Giuseppe Scionti, anunciou que sua equipe havia desenvolvido uma nova bioimpressora, capaz de biofabricar bifes veganos com propriedades similares aos bifes reais, incluindo suas fibras, que chegam a medir entre 100-500 micrômetros.

A Novameat, que foi fundada em 2018, usa a tecnologia de Bioimpressão, desenvolvida e patenteada pela empresa, para bioimprimir carne vegetal contendo textura fibrosa similar a da carne real (Fig 1). A empresa já contava em seu portfólio com versões mais simples de bifes feitos a base de proteína de plantas.


Carne a base de planta Bioimpressa [Fonte: NovaMeat]

No entanto, durante a pandemia, a equipe conseguiu alcançar um nível superior de similaridade dos seus bifes, desenvolvendo o primeiro “filé de porco” vegano, contendo a mesma textura de um filé de porco real. Chamado de espetinho de porco 2.0 (traduzido do inglês, pork skewer 2.0), a nova “carne vegana” é composta de proteínas isoladas de ervilha e arroz, azeite, extrato de alga marinha e suco de beterraba, aroma natural e produzida com a tecnologia de microextrusão da Novameat, que foi ideal para mimetizar a textura da carne (Fig 2).

Carne vegana bioimpressa similar a filé de porco [Fonte: NovaMeat]
“Um dos grandes desafios no setor de Bioimpressão alimentícia, é conseguir mimetizar a textura que uma carne possui. Sendo assim, o diferencial competitivo da empresa não foi ter bioimpresso o filé de porco vegano, mas sim ter conseguido reconstituir a organização estrutural – incluindo a disposição das fibras – de modo intimamente similar ao que ocorre na carne real”

Segundo o CEO da empresa, 100 gramas de “carne” vegetal custam pouco menos de US$ 3, leva aproximadamente 30 minutos para ser produzida e polui muito menos do que os métodos tradicionais. Esses dados são extremamente relevantes quando pensamos na crise de fome mundial.


Segundo o índice global da fome, realizado em 2020, estima-se que o percentual de pessoas subnutridas no mundo ultrapasse 690 milhões de pessoas, com uma tendência a piorar durante e após a pandemia. Dessa forma, além de todas as possibilidades futurísticas da Bioimpressão – como a produção de órgãos em laboratório – essa tecnologia tem um potencial real e imediato de democratizar o acesso de alimentos para a população de baixa renda e também em lugares de difícil acesso.


Até o momento, o modelo de negócios da empresa consiste na venda dos bifes veganos bioimpressos diretamente para os setores de restaurantes e também para os fabricantes de alimentos. Após conseguir esse marco de bioimprimir uma carne vegana tão similar a carne real, a equipe da Novameat está aprimorando o produto com o auxílio de chefes de cozinha. Eles pretendem mimetizar ao máximo as experiências sensoriais e nutricionais presentes na carne real. O entusiasmo global frente a essa tecnologia e o potencial no mercado alimentício é tanto, que a empresa tem conseguido aportes milionários para que a Bioimpressão vegana chegue ao prato das pessoas.


Saiba mais sobre a tecnologia no vídeo abaixo:



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Referências


ANGELIS, Andrea de. Índice Global da Fome 2020: situação grave em 51 países. Disponível em: https://www.vaticannews.va/pt/mundo/news/2020-10/indice-global-da-fome-2020-situacao-grave-em-51-paises.html. Acesso em: 15 ago. 2021.

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